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Fernando Girão - Brazil A Tribute
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Fernando Girão - Brazil A Tribute
BRAZIL - A TRIBUTE - LINK DIRECTO - EDITORA NUMERICA
COMPRAR CD - BRAZIL - A TRIBUTE - LINK DIRECTO
Fernando Girão neste duplo cd revisita o repertório clássico da melhor música Brasileira, reinventado-a numa interpretação inspirada e arrebatadora.
Desde a bossa nova de Jobim e Chico Buarque ao samba de Pedro Caetano e João Bosco este álbum constitui uma pérola para os amantes da música do Brasil.
Esta edição terá venda exclusiva nas lojas FNAC.
Disponível a partir de 25 Novembro até Fevereiro de 2010.
Editora : http://www.numerica-multimedia.pt
COMPRAR CD - BRAZIL - A TRIBUTE - LINK DIRECTO
Fernando Girão neste duplo cd revisita o repertório clássico da melhor música Brasileira, reinventado-a numa interpretação inspirada e arrebatadora.
Desde a bossa nova de Jobim e Chico Buarque ao samba de Pedro Caetano e João Bosco este álbum constitui uma pérola para os amantes da música do Brasil.
Esta edição terá venda exclusiva nas lojas FNAC.
Disponível a partir de 25 Novembro até Fevereiro de 2010.
Editora : http://www.numerica-multimedia.pt
PortugalOnLine- Admin
- Sexo : Idade : 59
Emprego/lazer : Jornalista Amadora (Claro)
Pontos : 6126
Data de inscrição : 21/11/2008
Fernando Girao
Sugiro uma vista de olhos pelo Myspace do Fernando Girão em:
http://www.myspace.com/brazilatribute
Brazil - A Tribute
CD1 – Bossa Nova
01 – Atrás da Porta ( Chico Buarque and Francis Hime)
02 – Choro Bandido ( Edu Lobo and Chico Buarque)
03 – Rio de Maio ( Ivan Lins and Celso Viáfora)
04 – Retrato em branco e preto ( Chico Buarque and Tom Jobim)
05 – Essa Mulher ( Ana Terra and Joyce)
06 – As Pastorinhas ( Noel Rosa and João de Barro
07 – Luiza ( Tom Jobim)
08 – Ligia ( Tom Jobim)
09 – Fotografia ( Tom Jobim)
10 – Só me fez bem (Edu Lobo and Vinicius de Moraes)
CD2 – Sambas
01 – Samba da Minha Terra ( Dorival Caymmi)
02 – O Ronco da Cuíca ( João Bosco and Aldir Blanc)
03 – Só danço samba ( Tom Jovim and Vinicius de Moraes)
04 – É com esse que eu vou (Pedro Caetano)
05 – Incompatibilidade de génios ( João Bosco and Aldir Blanc)
06 – Alô, Alô Marciano ( Rita Lee and Roberto Carvalho)
07- O Pato ( Vinicius de Moraes, Paula Soledade and Toquinho)
08 – Na baixa do Sapateiro ( Ary Barroso)
09 – Marinheiro só ( Tradicional: Arrangement by Caetano Veloso)
10 – Só tinha que ser com você ( Tom Jobim and Aloysio de Oliveira)
11 – Água de beber ( Vinicius de moraes and Tom Jobim)
12 – Soberana Rosa ( Ivans Lins, Vitor Martins and César Chico)
13 – Louvação aos Mestres (Fernando Girão)
Produced, directed and mixed by – Fernando Girão
Recorded and Mixed at : Timbrestudio – Lisbon
Sound Engineer : João Cabeleira
Mastered By : Nick Litwin – Mastering Mansion Madrid – Spain
Musicians:
Accoustic piano and fender rhodes : Ernesto Leite
Accoustic Bass : Ernie Melkhen
Guitars : João Cabeleira
Drums : Zezé N´Gambi
Percussion : Ruben Dantas
Brazilian Tambourine and Congas : Magoo
Voice and Wooden percussion : Fernando Girão
Legal adviser : Carlos Madureira
Photo : Fernando Rocha
Design : Vitor Ferreira
Editora : Numérica, produções multimédia, Lda – Paços de Brandão
www.numerica-multimédia.pt
http://www.myspace.com/brazilatribute
Brazil - A Tribute
CD1 – Bossa Nova
01 – Atrás da Porta ( Chico Buarque and Francis Hime)
02 – Choro Bandido ( Edu Lobo and Chico Buarque)
03 – Rio de Maio ( Ivan Lins and Celso Viáfora)
04 – Retrato em branco e preto ( Chico Buarque and Tom Jobim)
05 – Essa Mulher ( Ana Terra and Joyce)
06 – As Pastorinhas ( Noel Rosa and João de Barro
07 – Luiza ( Tom Jobim)
08 – Ligia ( Tom Jobim)
09 – Fotografia ( Tom Jobim)
10 – Só me fez bem (Edu Lobo and Vinicius de Moraes)
CD2 – Sambas
01 – Samba da Minha Terra ( Dorival Caymmi)
02 – O Ronco da Cuíca ( João Bosco and Aldir Blanc)
03 – Só danço samba ( Tom Jovim and Vinicius de Moraes)
04 – É com esse que eu vou (Pedro Caetano)
05 – Incompatibilidade de génios ( João Bosco and Aldir Blanc)
06 – Alô, Alô Marciano ( Rita Lee and Roberto Carvalho)
07- O Pato ( Vinicius de Moraes, Paula Soledade and Toquinho)
08 – Na baixa do Sapateiro ( Ary Barroso)
09 – Marinheiro só ( Tradicional: Arrangement by Caetano Veloso)
10 – Só tinha que ser com você ( Tom Jobim and Aloysio de Oliveira)
11 – Água de beber ( Vinicius de moraes and Tom Jobim)
12 – Soberana Rosa ( Ivans Lins, Vitor Martins and César Chico)
13 – Louvação aos Mestres (Fernando Girão)
Produced, directed and mixed by – Fernando Girão
Recorded and Mixed at : Timbrestudio – Lisbon
Sound Engineer : João Cabeleira
Mastered By : Nick Litwin – Mastering Mansion Madrid – Spain
Musicians:
Accoustic piano and fender rhodes : Ernesto Leite
Accoustic Bass : Ernie Melkhen
Guitars : João Cabeleira
Drums : Zezé N´Gambi
Percussion : Ruben Dantas
Brazilian Tambourine and Congas : Magoo
Voice and Wooden percussion : Fernando Girão
Legal adviser : Carlos Madureira
Photo : Fernando Rocha
Design : Vitor Ferreira
Editora : Numérica, produções multimédia, Lda – Paços de Brandão
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Publicis- Convidado
Re: Fernando Girão - Brazil A Tribute
Brazil – a Tribute
O novo trabalho do Girão, em formato duplo, é, tal como o nome indica, uma viagem pelo mundo da musica brasileira, em jeito de homenagem, com a marca singular do Girão. Tal como parece ser seu apanágio recente, Girão optou por arrumar tudo bem arrumadinho (abaixo as ‘salganhadas’, eheheheh), em dois formatos:
O disco “Bossa Nova”, acustico, atmosférico (ou ‘lounge’ como se usa mais agora) dedicado á Bossa Nova, onde visitou alguns dos clássicos do género (alguns mais conhecidos que outros) num timbre assumidamente jazzy, que já era apanágio do seu trabalho anterior “Fado Negro”, parece marcar a tendência deste seu regresso em força, após 10 anos de silêncio. Tendo por base obras de Chico Buarque e Tom Jobim, entre outros, aos primeiros acordes deste disco sou remetido para o sofisticado e requintado ambiente de um piano-bar, por exemplo num luxuoso hotel. Fecho os olhos e três palavras assomam-me ao pensamento: sweet, soft and lazy, que só por acaso (ou talvez não) é uma canção de Viktor Lazlo, com mais de 20 anos (se tiverem curiosidade procurem-na no Youtube). Este disco é dos que merece um hi-fi de primeira qualidade, com uns graves precisos e poderosos, e umas colunas de sensibilidade decibélica elevada, que coloque ‘cá fora’, na nossa sala, a atmosfera singular e o palco sonoro que se adivinha fantástico, se apreciado ao vivo. Para quem é melómano, é fácil perceber o que quero dizer, pois existem ‘aromas sonoros’ fundamentais que mal se ouvem, apenas se sentem, e sem as condições indispensáveis para tal, perde-se o ambiente acustico e a magia. Se me permitem a sugestão, de seguida, façam assim: encham um copo com a vossa bebida preferida, fechem os olhos e ... flutuem. Em alternativa (melhor ainda), agarrem o vosso mais-que-tudo, baixem as luzes, encostem as bochechinhas e embalem-se como se não houvesse amanhã.
O outro disco deste trabalho duplo, “Samba”, mantem o mesmo perfil sonoro, embora num registo naturalmente mais animado, e já polvilhado aqui e ali pela irreverência de Girão, que não pode evitar brincar com as vocalizações á sua maneira, com mestria, aliás como apenas outra pessoa faz em Portugal, e estou obviamente a falar da Maria João. Este é um disco mais abrangente, no que respeita aos autores, e nele podemos encontrar versões muito peculiares de temas inesqueciveis como “Samba da minha terra”, “É com esse que eu vou”, “Alô Alô Marciano”, “O Pato”, e “Agua de Beber” e outros, de autores como Vinicius de Moraes, Ivan Lins, Tom Jobim, Rita Lee, Dorival Caymmi e João Bosco. Cá está de novo o toque do Jazz metido no Samba (apetece-me chamar-lhe Jazzamba, eheheh) e aqui a genialidade da flexibilidade vocal e interpretativa do Girão atinge o brilho que no disco “Bossa nova” não é possivel atingir, por contingências especificas do género musical. O primeiro tema do disco, “Samba da minha terra” é o melhor cartão de visita possivel para o resto do disco, pois está lá tudo o que Girão tem para dar quando se deixa possuir pelo insano espirito do ritmo. Depois... é deixar rolar, até á faixa 13!
Em resumo, apesar de naturalmente cantado em português, este é claramente um trabalho universal, feito para ser ouvido pelo mundo, e não apenas para Portugal. Aliás o próprio titulo e apresentação gráfica do disco denuncía isso mesmo. E ainda bem que assim é. Fernando Girão já percebeu há muito tempo que se vivesse do que os portugueses lhe dão, estava bem tramado. Afinal, o que ele aqui fez, neste disco, nada fica a dever aos discos da Diana Krall, antes pelo contrário. Mas a Diana é loira, é gira, e é estrangeira, e por isso os preconceituosos consumidores portugueses podem aplaudi-la de pé e dar-lhe muitos discos de ouro. Ao Girão é que não, infelizmente. Se me perguntarem com que este tributo brasileiro made by Girão é parecido, eu diria que é parecido com ... Girão. E o Girão não é parecido com mais ninguem: é unico.
O novo trabalho do Girão, em formato duplo, é, tal como o nome indica, uma viagem pelo mundo da musica brasileira, em jeito de homenagem, com a marca singular do Girão. Tal como parece ser seu apanágio recente, Girão optou por arrumar tudo bem arrumadinho (abaixo as ‘salganhadas’, eheheheh), em dois formatos:
O disco “Bossa Nova”, acustico, atmosférico (ou ‘lounge’ como se usa mais agora) dedicado á Bossa Nova, onde visitou alguns dos clássicos do género (alguns mais conhecidos que outros) num timbre assumidamente jazzy, que já era apanágio do seu trabalho anterior “Fado Negro”, parece marcar a tendência deste seu regresso em força, após 10 anos de silêncio. Tendo por base obras de Chico Buarque e Tom Jobim, entre outros, aos primeiros acordes deste disco sou remetido para o sofisticado e requintado ambiente de um piano-bar, por exemplo num luxuoso hotel. Fecho os olhos e três palavras assomam-me ao pensamento: sweet, soft and lazy, que só por acaso (ou talvez não) é uma canção de Viktor Lazlo, com mais de 20 anos (se tiverem curiosidade procurem-na no Youtube). Este disco é dos que merece um hi-fi de primeira qualidade, com uns graves precisos e poderosos, e umas colunas de sensibilidade decibélica elevada, que coloque ‘cá fora’, na nossa sala, a atmosfera singular e o palco sonoro que se adivinha fantástico, se apreciado ao vivo. Para quem é melómano, é fácil perceber o que quero dizer, pois existem ‘aromas sonoros’ fundamentais que mal se ouvem, apenas se sentem, e sem as condições indispensáveis para tal, perde-se o ambiente acustico e a magia. Se me permitem a sugestão, de seguida, façam assim: encham um copo com a vossa bebida preferida, fechem os olhos e ... flutuem. Em alternativa (melhor ainda), agarrem o vosso mais-que-tudo, baixem as luzes, encostem as bochechinhas e embalem-se como se não houvesse amanhã.
O outro disco deste trabalho duplo, “Samba”, mantem o mesmo perfil sonoro, embora num registo naturalmente mais animado, e já polvilhado aqui e ali pela irreverência de Girão, que não pode evitar brincar com as vocalizações á sua maneira, com mestria, aliás como apenas outra pessoa faz em Portugal, e estou obviamente a falar da Maria João. Este é um disco mais abrangente, no que respeita aos autores, e nele podemos encontrar versões muito peculiares de temas inesqueciveis como “Samba da minha terra”, “É com esse que eu vou”, “Alô Alô Marciano”, “O Pato”, e “Agua de Beber” e outros, de autores como Vinicius de Moraes, Ivan Lins, Tom Jobim, Rita Lee, Dorival Caymmi e João Bosco. Cá está de novo o toque do Jazz metido no Samba (apetece-me chamar-lhe Jazzamba, eheheh) e aqui a genialidade da flexibilidade vocal e interpretativa do Girão atinge o brilho que no disco “Bossa nova” não é possivel atingir, por contingências especificas do género musical. O primeiro tema do disco, “Samba da minha terra” é o melhor cartão de visita possivel para o resto do disco, pois está lá tudo o que Girão tem para dar quando se deixa possuir pelo insano espirito do ritmo. Depois... é deixar rolar, até á faixa 13!
Em resumo, apesar de naturalmente cantado em português, este é claramente um trabalho universal, feito para ser ouvido pelo mundo, e não apenas para Portugal. Aliás o próprio titulo e apresentação gráfica do disco denuncía isso mesmo. E ainda bem que assim é. Fernando Girão já percebeu há muito tempo que se vivesse do que os portugueses lhe dão, estava bem tramado. Afinal, o que ele aqui fez, neste disco, nada fica a dever aos discos da Diana Krall, antes pelo contrário. Mas a Diana é loira, é gira, e é estrangeira, e por isso os preconceituosos consumidores portugueses podem aplaudi-la de pé e dar-lhe muitos discos de ouro. Ao Girão é que não, infelizmente. Se me perguntarem com que este tributo brasileiro made by Girão é parecido, eu diria que é parecido com ... Girão. E o Girão não é parecido com mais ninguem: é unico.
Jotace- Membro V.I.P.
- Sexo : Idade : 56
Pontos : 6462
Data de inscrição : 25/11/2008
Re: Fernando Girão - Brazil A Tribute
Concordo em absoluto contigo JOTACÊ!
Eu adorei este disco, mais o segundo volume do que o primeiro, uma vez que aprecio muito mais musica ritmada.
Este disco tem me acompanhado desde do Natal até hoje e nao sei por quanto mais tempo (quiça ate ao novo disco sair, lolol) nas viagens de automovel que tenho feito.
Ora como sou "taxista", muitas pessoas entram e saiem do meu carro, e ficam a conhecer, ou a recordar o Girão. Todas opinam favoravelmente. Porque se fosse só eu, era caso para desconfiar, mas assim ja fico mais descansada :-)
Venham mais 5 (cds do Girão) :-)
Eu adorei este disco, mais o segundo volume do que o primeiro, uma vez que aprecio muito mais musica ritmada.
Este disco tem me acompanhado desde do Natal até hoje e nao sei por quanto mais tempo (quiça ate ao novo disco sair, lolol) nas viagens de automovel que tenho feito.
Ora como sou "taxista", muitas pessoas entram e saiem do meu carro, e ficam a conhecer, ou a recordar o Girão. Todas opinam favoravelmente. Porque se fosse só eu, era caso para desconfiar, mas assim ja fico mais descansada :-)
Venham mais 5 (cds do Girão) :-)
Liberdade- Visitante
- Sexo : Idade : 52
Emprego/lazer : Administrativo
Pontos : 6214
Data de inscrição : 17/05/2009
MC-Netvisuais- Membro Efectivo
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Emprego/lazer : Netvisuais
Pontos : 5615
Data de inscrição : 14/03/2009
Re: Fernando Girão - Brazil A Tribute
Não deixem de passar pelo Youtube em :
https://www.youtube.com/watch?v=mndxNNw-MXg
Reporter On Line- Membro Efectivo
- Sexo : Idade : 60
Pontos : 5756
Data de inscrição : 25/01/2009
Re: Fernando Girão - Brazil A Tribute
Encontramos uma entrevista de Fernando Girão no Diário de Coimbra e descobrimos algo mais:
“ Fazer música a metro nunca foi o meu estilo”
Fernando Girão regressa com um novo álbum, em que dá voz e ritmo a alguns dos mais simbólicos temas brasileiros. O Músico apresenta este último trabalho no Domingo, pelas 17 h00, na Fnac Coimbra.
Joana Martins
Diário de Coimbra
16.04.2010
DC Magazine: Lançou recentemente o álbum Brazil-a-tribute. Como nasceu este disco?
Fernando Girão – Este Cd é de facto um tributo ao Brasil e eu decidi fazê-lo porque sou brasileiro e vivi lá até aos 16 anos.A Minha escola foi desde novo o jazz e a música brasileira e durante muitos anos ganhei a vida a cantar precisamente música brasileira. No entanto, quando comecei a compor os meus próprios temas, nunca mais me dediquei a este género musical de que tanto gosto.
Entretanto estive alguns anos parado e durante esse período compus vários discos, entre os quais este cd duplo de tributo ao Brasil e de homenagem a grandes compositores e artistas brasileiros.
DCM – Dada a riqueza da música brasileira, foi difícil decidir que temas seriam incluídos neste trabalho?
Fernando Girão – Foi uma escolha muito difícil. A música brasileira é tão rica e tem composições tão boas, que não foi fácil decidir no meio desta enorme fonte de riqueza cultural. Basicamente eu peguei em 100 baladas e demorei dois meses a escolher os dez temas finais que agora compõem odisco um do meu álbum. Quanto ao disco dois foi mais ou menos o mesmo processo, mas com sambas e aqui eu fui pesquisar desde os anos 30 até aos dias de hoje. Aos sambas que escolhi dei uma produção nova e diferente. Apesar da dificuldade, fiquei muito satisfeito com o resultado.
DCM – Já têm tournée agendada para apresentar este disco?
Fernando Girão – Ainda não, uma tornée é sempre complexa de organizar, mas estamos a trabalhar nisso e talvez estejamos na estrada dentro de dois ou três meses.
DCM – Já apresentou o álbum em showcases… Como tem sido o feedback do público?
Fernando Girão – A reacção tem sido fantástica. As actuações que tenho feito sou apenas eu e um músico no violão e o público reage como se estivéssemos num concerto. Sente-se um grande prazer nas pessoas que assistem ao espectáculo e as Fnac têm estado completamente cheias e tenho terminado sempre com as pessoas a aplaudirem de pé e a pedir encore.
DCM – Dada a sua origem retira maior prazer da interpretação de temas da música brasileira?
Fernando Girão – Não. Considero-me um homem do mundo, mas o que acho é que certas músicas, nos dão mais oportunidade de viajar com elas e de ter uma atitude mais enérgica, como é o caso dos sambas, que têm um ritmo inerente. Penso que esse balanço da música brasileira é que provoca uma energia extra em mim.
DCM – Porque decidiu retirar-se nos últimos sete anos?
Fernando Girão –Estive sete anos retirado porque fazer música a metro nunca foi o meu estilo. Devo respeito à arte que me foi concedida e procuro sempre ter uma mensagem naquilo que faço chegar ao público. O Pedro Abrunhosa no prefácio do meu livro escreveu algo que penso que define muito bem essa minha característica. Ele diz que há 20 anos atrás ninguém se preocupava com a camada do ozono e eu já cantava sobre essas temáticas. Isto para dizer que eu preciso de parar para pensar nas coisas e durante estes sete anos produzi sete discos, que são intemporais, e que vão sair entretanto.
DCM – Tem então mais cinco discos prontos para serem lançados. Pode adiantar o que serão esses projectos?
Fernando Girão – Um deles será lançado até ao final de ano e diz respeito a um projecto muito forte que criei com um músico luso-alemão. Terá o nome de Grupo de Combate Urbano e aposta num género muito forte de rock, cujos temas retratam a realidade dos nossos dias. Não tem nenhum tema de amor, apenas canções acerca do que a humanidade está a passar neste momento e surgiu porque eu e o Luís Vicente percebemos a determinada altura que não existia actualmente nenhuma banda que, do princípio ao fim, focasse apenas a condição humana e os tempos difíceis que ela vive. No espectro do nosso país havia tantos cantautores que lutaram pela liberdade e, depois da revolução do 25 de Abril, a impressão que tenho é que ninguém sentiu necessidade de dizer mais nada sobre o mal que continua a existir. Claro que existem muitos projectos, sobretudo de rap, que dão voz a temas de intervenção, mas não um disco inteiro apenas sobre isso e é essa lacuna que o Grupo de Combate Urbano quer preencher.
DCM – E os restantes trabalhos?
Fernando Girão – Outro dos trabalhos que produzi é um disco com piano e voz apenas. Além disso lançarei ainda um projecto inteiramente gravado num novo idioma sonoro que ando a inventar há 16 anos. Depois tenho também um trabalho com um cantor americano muito famoso cujo nome não vou ainda revelar.
DCM – Como vê aquilo que tem sido feito na música portuguesa?
Fernando Girão – Tenho um certo constrangimento e até vergonha de olhar o panorama nacional, porque há tantas coisas novas a acontecer e sinto um grande pesar e tristeza em perceber que parece que os portugueses não gostam do que é seu.
As rádios portuguesas, salvo raras excepções, não passam música nacional e nos tops de vendas vemos uma esmagadora maioria de música estrangeira. Penso que isso é uma falta de respeito por nós mesmos. Ainda assim parece-me que hoje em dia as pessoas têm uma ânsia muito grande de coisas diferentes. Estão fartas da massificação e querem ver e ouvir em palco artistas que lhes apresentem algo de novo. Acho que a diferença está aí: o publico está mais consciente do que quer e anseia pela qualidade emocional da música que chega até si.
DCM – O que vamos ver na Fnac este domingo?
Fernando Girão – Este domingo vou dar o meu melhor e vai ser uma festa, portanto o apelo que faço é de que venham comemorar connosco!
“ Fazer música a metro nunca foi o meu estilo”
Fernando Girão regressa com um novo álbum, em que dá voz e ritmo a alguns dos mais simbólicos temas brasileiros. O Músico apresenta este último trabalho no Domingo, pelas 17 h00, na Fnac Coimbra.
Joana Martins
Diário de Coimbra
16.04.2010
DC Magazine: Lançou recentemente o álbum Brazil-a-tribute. Como nasceu este disco?
Fernando Girão – Este Cd é de facto um tributo ao Brasil e eu decidi fazê-lo porque sou brasileiro e vivi lá até aos 16 anos.A Minha escola foi desde novo o jazz e a música brasileira e durante muitos anos ganhei a vida a cantar precisamente música brasileira. No entanto, quando comecei a compor os meus próprios temas, nunca mais me dediquei a este género musical de que tanto gosto.
Entretanto estive alguns anos parado e durante esse período compus vários discos, entre os quais este cd duplo de tributo ao Brasil e de homenagem a grandes compositores e artistas brasileiros.
DCM – Dada a riqueza da música brasileira, foi difícil decidir que temas seriam incluídos neste trabalho?
Fernando Girão – Foi uma escolha muito difícil. A música brasileira é tão rica e tem composições tão boas, que não foi fácil decidir no meio desta enorme fonte de riqueza cultural. Basicamente eu peguei em 100 baladas e demorei dois meses a escolher os dez temas finais que agora compõem odisco um do meu álbum. Quanto ao disco dois foi mais ou menos o mesmo processo, mas com sambas e aqui eu fui pesquisar desde os anos 30 até aos dias de hoje. Aos sambas que escolhi dei uma produção nova e diferente. Apesar da dificuldade, fiquei muito satisfeito com o resultado.
DCM – Já têm tournée agendada para apresentar este disco?
Fernando Girão – Ainda não, uma tornée é sempre complexa de organizar, mas estamos a trabalhar nisso e talvez estejamos na estrada dentro de dois ou três meses.
DCM – Já apresentou o álbum em showcases… Como tem sido o feedback do público?
Fernando Girão – A reacção tem sido fantástica. As actuações que tenho feito sou apenas eu e um músico no violão e o público reage como se estivéssemos num concerto. Sente-se um grande prazer nas pessoas que assistem ao espectáculo e as Fnac têm estado completamente cheias e tenho terminado sempre com as pessoas a aplaudirem de pé e a pedir encore.
DCM – Dada a sua origem retira maior prazer da interpretação de temas da música brasileira?
Fernando Girão – Não. Considero-me um homem do mundo, mas o que acho é que certas músicas, nos dão mais oportunidade de viajar com elas e de ter uma atitude mais enérgica, como é o caso dos sambas, que têm um ritmo inerente. Penso que esse balanço da música brasileira é que provoca uma energia extra em mim.
DCM – Porque decidiu retirar-se nos últimos sete anos?
Fernando Girão –Estive sete anos retirado porque fazer música a metro nunca foi o meu estilo. Devo respeito à arte que me foi concedida e procuro sempre ter uma mensagem naquilo que faço chegar ao público. O Pedro Abrunhosa no prefácio do meu livro escreveu algo que penso que define muito bem essa minha característica. Ele diz que há 20 anos atrás ninguém se preocupava com a camada do ozono e eu já cantava sobre essas temáticas. Isto para dizer que eu preciso de parar para pensar nas coisas e durante estes sete anos produzi sete discos, que são intemporais, e que vão sair entretanto.
DCM – Tem então mais cinco discos prontos para serem lançados. Pode adiantar o que serão esses projectos?
Fernando Girão – Um deles será lançado até ao final de ano e diz respeito a um projecto muito forte que criei com um músico luso-alemão. Terá o nome de Grupo de Combate Urbano e aposta num género muito forte de rock, cujos temas retratam a realidade dos nossos dias. Não tem nenhum tema de amor, apenas canções acerca do que a humanidade está a passar neste momento e surgiu porque eu e o Luís Vicente percebemos a determinada altura que não existia actualmente nenhuma banda que, do princípio ao fim, focasse apenas a condição humana e os tempos difíceis que ela vive. No espectro do nosso país havia tantos cantautores que lutaram pela liberdade e, depois da revolução do 25 de Abril, a impressão que tenho é que ninguém sentiu necessidade de dizer mais nada sobre o mal que continua a existir. Claro que existem muitos projectos, sobretudo de rap, que dão voz a temas de intervenção, mas não um disco inteiro apenas sobre isso e é essa lacuna que o Grupo de Combate Urbano quer preencher.
DCM – E os restantes trabalhos?
Fernando Girão – Outro dos trabalhos que produzi é um disco com piano e voz apenas. Além disso lançarei ainda um projecto inteiramente gravado num novo idioma sonoro que ando a inventar há 16 anos. Depois tenho também um trabalho com um cantor americano muito famoso cujo nome não vou ainda revelar.
DCM – Como vê aquilo que tem sido feito na música portuguesa?
Fernando Girão – Tenho um certo constrangimento e até vergonha de olhar o panorama nacional, porque há tantas coisas novas a acontecer e sinto um grande pesar e tristeza em perceber que parece que os portugueses não gostam do que é seu.
As rádios portuguesas, salvo raras excepções, não passam música nacional e nos tops de vendas vemos uma esmagadora maioria de música estrangeira. Penso que isso é uma falta de respeito por nós mesmos. Ainda assim parece-me que hoje em dia as pessoas têm uma ânsia muito grande de coisas diferentes. Estão fartas da massificação e querem ver e ouvir em palco artistas que lhes apresentem algo de novo. Acho que a diferença está aí: o publico está mais consciente do que quer e anseia pela qualidade emocional da música que chega até si.
DCM – O que vamos ver na Fnac este domingo?
Fernando Girão – Este domingo vou dar o meu melhor e vai ser uma festa, portanto o apelo que faço é de que venham comemorar connosco!
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