‘Do fundo do baú’, porquê ? Porque ao fundo do baú vão parar coisas que em determinada altura não têm grande importancia mas que, ao serem redescobertas, por vezes acidentalmente e passado muito tempo, logo descobrimos o quão valiosas de facto eram. A onda revivalista que se vive actualmente nas nossas rádios só chega a alguns quadrantes da musica pop/rock e ligeira, mas outros ficam injustamente esquecidos, e são alguns desses que me proponho divulgar e relembrar.

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Os Barclay James Harvest formaram-se no longinquo ano de 1966. Gravaram o seu primeiro disco em 1970, e atingiram o pico da notoriedade e fama na segunda metade da década de 70 e inicio da de 80. Tal como tantas outras bandas dos 70’s (que foi a época de eleição desse estilo musical), dedicaram-se a um soft-rock de cariz sinfónico e progressista, de linha vincadamente melódica, e deram a conhecer ao mundo pelo menos meia duzia de grandes canções que marcaram uma época sem que, porém, tenham conseguido grande destaque nas tabelas de vendas do seu país de origem.

Convenhamos que os moços nunca tiveram grande imagem para promover. Tinham um visual e poses muito modestas, de claras anti-vedetas, e isso não ajuda muito nestas lides da musica. Contudo, chegaram a nº 1 na Alemanha, na França e na Suiça, e alcançaram bastante sucesso noutros países europeus, entre os quais Portugal.



Gravaram dezenas de albuns ao longo de 32 anos de carreira, e venderam mais de 10 milhões de unidades, mas julgo que o ponto alto da sua carreira terá ocorrido em 1980 e 1984, quando enveredaram por uma linha sonora mais comercial, e isso se repercutiu nas playlists e nas vendas.

O album ao vivo “Berlin – a concert for the people”, gravado em 1980 perante uma plateia de cerca de 200.000 pessoas mas lançado apenas em 1982, e a canção “Life is for Living”, estreada nesse concerto memorável e depois lançada em single, serão talvez os principais marcos de uma carreira que oficialmente terminou em 1998, embora 2 dos seus principais musicos continuem ainda em actividade, passeando pelo mundo a grande musica dos B.J.H.



Outros grandes momentos musicais, de uma rara beleza e pureza melódicas são : “Mockinbird”, “Child of the Universe”, “Nova Lepidoptera”, e talvez o meu tema favorito, “Hymn”.
O album ‘Victims of Circunstance” de 1984 marcou o fim da sua epoca aurea.

Actualmente os BJH ouvem-se muito pouco, ou nada mesmo, e por isso aqui relembro (com a ajuda do imprescindivel ‘Youtube’) alguns dos seus temas mais brilhantes (cliquem nos nomes para ouvir) :



"Hymn"

"Life is for living"

"Mockingbird"

"Child of the universe"



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As coisas que ficamos a saber com o Jotace.
Obrigado por mais esta "lição" de cultura musical.

Ó amiga,

isto não se trata de dar lições, pá! É partilha de interesses, gostos musicais, é dar-vos a ouvir pela primeira vez, ou a relembrar, coisas bonitas e já esquecidas.

O que eu gostava de saber era a tua opinião sobre a musica. Já conhecias? Gostaste? Estavas capaz de as voltar a ouvir? Faz o teu genero? Estás-te borrifando? Queres-me mandar bugiar mais os meus gostos? Isso é que é relevante, 'óvistes'?

óiiii sim senhor
Estava a recordar e de repente fiquei com uma sensação estranha, afinal eu até conheço muita música, lembrar os nomes é que a idade já não perdoa, perguntei-me porquê.. a verdade é pareçe que o nosso cerebro tem capacidade limitada e vamos armazenando o que não usamos.
Sobre o que Jotace pediu , assino em baixo, manifestar a nossa opinião ...
Mas Jotace ainda restam dúvidas que é importante sim os teus artigos para nem que seja nos fazer recuar no tempo, como recuei a ouvir o Life is for living e me lembrei dos meus 17 anitos.
Claro que me lembro do grupo de "curtir" as músicas deles.
Recordei sem dúvida também com este teu tópico a minha juventude, quando o meu pai comprou o primeiro giradiscos, os 1ºs singles de vinil e o pouco dinheiro que era disponibilizado para a compra de lps. eram luxos na altura e existiam outras prioridades, acho que dei mais uso ao giradiscos com Lps emprestados, bem velhinho que ainda existe, junto nem era cassetes ainda era as bobines de fita, nem sei a quantas rotações, sei que ainda existem na casa de familia gravações de um pai "baboso " da sua Pikena tratear umas cançonzitas, numas bobines.
óvisteee, ve lá bem o que me fizeste recordar com o teu tópico.

Sobre a banda em causa, sabes o que digo Jotace, que tenho imensas saudades do tempo em que a musica, os artistas não eram de "consumir e deitar fora", como Hoje são!
Sobre Gostos, já me conheçes um pouquinho, gosto de boa música , com boas mensagens ns suas letras que me façam pensar, gosto de ritmo, sem que os meus ouvidos "gritem por socorro".
Gosto de música como companhia e não para me atordoar, gosto.. de ouvir uma musica que me faça apetecer bater o pé ao ritmo...

" Batendo o pé... e curtindo Barclay James Harvest "

o que querias dizer é que vamos descartando o que não usamos, certo?

Ainda bem que te fiz viajar no tempo, e recordar momentos felizes. Valeu a pena, assim, ter partilhado contigo este pedaço do conteúdo do meu baú.