Eu, pecador me confesso....
A vida de qualquer humano é,ou deve ser, regida por dois factores fundamentais.
Os Direitos e os Deveres.
Os deveres duns são os direitos dos outros e vice-vera.
Cedo aprendi esta máxima, num livro que li, há mais de quarenta anos, do escritor Mariano Pereira, e desde então, à medida que ia amadurecendo, foi-se enraizando em mim uma vontade férrea de cumprir o mais que puder os meus deveres para, de cabeça bem levantada, poder reclamar os meus direitos.
Como humano que sou, cheio de imperfeições, que impedem muitas vezes o cumprimento cabal dos deveres, cheguei ao presente e ao longo da minha vida foi-se acumulando em mim uma revolta por ver, não só os meus direitos, como os de muita gente no mundo, negados por falta dos deveres de outros tantos.
Eu, porque devo aos livros parte do que sou, porque estou plenamente convencido que eles, quando bem escolhidos, podem mudar os nossos comportamentos e ainda porque Deus me deu a faculdade e o gosto de me expressar em versos, sinto um grande dever de escrever e expressar o grande inconformismo em que vive muita gente no mundo.
E porquê "O Amargo da Verdade", " Grito no Deserto", ou " Mais um Grito no Deserto ", Títulos dos meus livros já editados?
Precisamente porque muitos dos poemas neles contidos são relatos, críticas, louvores e preces, relativos a factos que aconteceram no mundo, com predominância para os que, dum modo mais concreto, se relacionam com a minha Terra.
Há uma certeza que eu garanto a todos vós que me lêem. Não uso adjectivos pomposos nem linguagem sofisticada, mas sim o português aprendido na "universidade" do Adro e na escola da vida.
Cada mensagem, se as houver, serão bem entendidas por todas as classes sociais.
Com muita humildade afirmo que sou um operário lavrador, daí a pobreza do meu vocabulário, mas que nem por isso deixará de ser mais digno.
Mas a avaliação será vossa.
É o direito à vossa crítica que eu reclamo e se ao lerem o que escrevo, não constatardes que transmiti o ser e sentir, meu e de muita gente, peço mil perdões. Não cumpri o meu dever. Sou um falhado.Não tenho qualquer direito.
Se a minha poesia e textos tocar os vossos corações, então sou feliz. Muito Obrigada.

... Que sabe que nada vale
Mesmo assim procura ser
Uma pedrinha de sal
que dê mais gosto ao viver.