Recordações
que são História

Não vou dizer que a Escola do meu tempo é que era boa, porque seria mentira,pois nem sequer era a escola do respeito mas do medo—também não era a da falta de respeito—mas a verdade é que sem pôr em causa o mérito dos professores actuais,cujo poder deveria ser regulado mas nunca retirado,a verdade é que se saía da quarta classe a saber contar,ler e escrever que hoje, bastantes licenciados ,vergonhosamente, não sabem.
Também e naturalmente as “leituras”eram-- e isso compreende-se,-- um hino ao Estado Novo .Mas nem tudo era mau, tenha-se a ombridade de o reconhecer,pois havia lendas e fábulas que apontavem caminhos no bom sentido.
Recordo-me, por exemplo. a história de Egas Moniz, acompanhado da família,vestidos de branco e corda ao pescoço, a entregaram-se salvo erro a Castela,por D.Afonso Henriques de que era tutor,não ter assumido um compromisso que em seu nome tomara que foi aqui que em mim se começou a arreigar o valor da palavra dada.
Havia também uma fábula,que metia um lobo e dois cordeiros(pai e filho).Quem tinha feito algo ao lobo fora o pai, mas como este já não estava pagava o filho.Esta, no entanto, uma fábula que se tornou realidade nos nosso dias.
E fiquemo-nos por aqui.